quarta-feira, 23 de maio de 2012

Treinando para Errar

Esta semana no jogo entre Pinheiros e Brasília, válido pelas semifinais do NBB 2011/2012, houve uma situação de jogo que, acredito eu, nenhum treinador costuma trabalhar nos treinos. Faltavam 2,2 segundos para o fim e o Pinheiros, que perdia por 2 pontos, tinha direito a um lance livre. Convertê-lo seria um erro, pois inviabilizaria a vitória. Ou seja, o certo era errar o arremesso de modo a tentar recuperar o rebote para um novo chute que empataria a partida. Não conheço nenhum técnico que se preocupe com isso, o que de certo modo pode ser compreensível, visto que a chance de necessitar errar intencionalmente um lance livre é baixa. Contudo, penso que em uma estrutura de equipe profissional, essa deveria ser uma situação considerada. A justificativa é o equilíbrio das equipes, que tende a gerar placares com diferença próxima a uma cesta. A maioria das equipes (se não forem todas) têm jogadas ensaiadas para arremessos rápidos para quando faltarem menos de 4 segundos para o fim do período ou do jogo, mesmo que nem sempre as utilizem. Por que não incluir o lance livre errado como uma estratégia comum nos treinos? Não é só errar, mas também direcionar o rebote ofensivo em condições adequadas para arremessar ou dar um tapinha superando a defesa adversária, o que aumenta a dificuldade de execução. Improvisos tendem a não funcionar. Vale a pena pensar no assunto.

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