segunda-feira, 11 de junho de 2012

As Finais da NBA 2011/2012


Nesta terça-feira começa a melhor de sete partidas que decidirá o novo campeão da NBA. Em quadra Oklahoma City Thunder e Miami Heat duelam pelo troféu e o título máximo do basquetebol. Nos EUA, os times vencedores consideram-se campeões do mundo,mesmo tendo disputado uma competição cujos participantes eram basicamente do próprio país (dos 30 times, apenas um é do Canadá). Os elencos das equipes, por sua vez, já foram mais “nativos” do que atualmente. Até meados dos anos 1990, havia poucos estrangeiros na Liga Profissional Americana. Na virada do século, a NBA abriu as portas ao mundo e favorecendo o ingresso de cada vez mais estrangeiros em suas equipes. Atletas de todos os continentes se inscrevem na lista do draft buscando a oportunidade de receber altos salários e ainda, fazer o que gostam.
Este ano, independentemente do resultado final, o campeão da NBA terá uma característica marcante: faça o que quiser no ataque! Os blogs basqueteiros invariavelmente publicam crônicas nas quais apontam suas impressões, opiniões e palpites para aquele que será o mais espetacular confronto da modalidade: o cestinha da competição (Kevin Durant – Thunder) vs o melhor jogador do campeonato (LeBron James – Heat). Neste momento, corroboro com as opiniões de dois mestres do basquetebol brasileiro, os professores Dante de Rose Jr e Wlamir Marques, que corretamente salientaram a falta de um jogo coletivo no time do Miami Heat. Cada um faz o que quer. LeBron James, depois de precisar reverter uma fama de amarelão que o perseguia há anos, definitivamente passou a resolver tudo sozinho. Mas do outro lado, a coisa não é muito diferente pelas mãos de Kevin Durant.

Comentei em outro texto recente aqui que os 45 pontos de LeBron James no jogo 6 contra o Boston Celtics ofuscaram o trabalho eficiente (e coletivo) da defesa do Miami. Este pra mim foi o fator determinante da vitória e não a performance ofensiva de LeBron. O jogo coletivo se perde na NBA. A final com estes dois times nos trará uma certeza de jogadas espetaculares alimentadas pelo duelo pessoal das estrelas de ambos os lados (não devemos esquecer de Russel Westbrook e Serge Ibaka vs Dwane Wade e Chris Bosh).

A falta do jogo coletivo (programado pelos treinadores, penso eu...) é tão evidente que ambas as equipes titulares atuam sem um armador de ofício. Derek Fisher nem 6º homem é no Thunder, e o único armador relacionado no banco do Heat é o calouro Norris Cole, que pouco jogou ao longo da temporada. Não existe organização tática ofensiva. Os times jogam na base dos contrataques, cuja eficiência é incontestável. Mas o jogo 5 x 5 é dependente dos isolamentos para os astros decidirem sozinhos o destino de cada partida. Isso não quer dizer que os jogos não sejam interessantes, espetaculares e emocionantes. Apenas parecem se distanciar um pouco daquilo que pregamos cotidianamente a nossos alunos e atletas.

Meu palpite para as finais é simples: ou você tem o cestinha das finais ou o troféu de campeão. As duas coisas, não! Quem vai decidir o campeonato é aquilo que resta do jogo coletivo: a defesa.

Nenhum comentário:

Postar um comentário