Nesta terça-feira começa a melhor
de sete partidas que decidirá o novo campeão da NBA. Em quadra Oklahoma City
Thunder e Miami Heat duelam pelo troféu e o título máximo do basquetebol. Nos
EUA, os times vencedores consideram-se campeões do mundo,mesmo tendo disputado
uma competição cujos participantes eram basicamente do próprio país (dos 30
times, apenas um é do Canadá). Os elencos das equipes, por sua vez, já foram
mais “nativos” do que atualmente. Até meados dos anos 1990, havia poucos
estrangeiros na Liga Profissional Americana. Na virada do século, a NBA abriu
as portas ao mundo e favorecendo o ingresso de cada vez mais estrangeiros em
suas equipes. Atletas de todos os continentes se inscrevem na lista do draft buscando a oportunidade de receber
altos salários e ainda, fazer o que gostam.
Este ano, independentemente do
resultado final, o campeão da NBA terá uma característica marcante: faça o que
quiser no ataque! Os blogs basqueteiros invariavelmente publicam crônicas nas
quais apontam suas impressões, opiniões e palpites para aquele que será o mais
espetacular confronto da modalidade: o cestinha da competição (Kevin Durant –
Thunder) vs o melhor jogador do
campeonato (LeBron James – Heat). Neste momento, corroboro com as opiniões de dois
mestres do basquetebol brasileiro, os professores Dante de Rose Jr e Wlamir
Marques, que corretamente salientaram a falta de um jogo coletivo no time do
Miami Heat. Cada um faz o que quer. LeBron James, depois de precisar reverter
uma fama de amarelão que o perseguia há anos, definitivamente passou a resolver
tudo sozinho. Mas do outro lado, a coisa não é muito diferente pelas mãos de
Kevin Durant.
Comentei em outro texto recente aqui
que os 45 pontos de LeBron James no jogo 6 contra o Boston Celtics ofuscaram o
trabalho eficiente (e coletivo) da defesa do Miami. Este pra mim foi o fator
determinante da vitória e não a performance ofensiva de LeBron. O jogo coletivo
se perde na NBA. A final com estes dois times nos trará uma certeza de jogadas
espetaculares alimentadas pelo duelo pessoal das estrelas de ambos os lados
(não devemos esquecer de Russel Westbrook e Serge Ibaka vs Dwane Wade e Chris Bosh).
A falta do jogo coletivo
(programado pelos treinadores, penso eu...) é tão evidente que ambas as equipes
titulares atuam sem um armador de ofício. Derek Fisher nem 6º homem é no
Thunder, e o único armador relacionado no banco do Heat é o calouro Norris Cole,
que pouco jogou ao longo da temporada. Não existe organização tática ofensiva.
Os times jogam na base dos contrataques, cuja eficiência é incontestável. Mas o
jogo 5 x 5 é dependente dos isolamentos para os astros decidirem sozinhos o
destino de cada partida. Isso não quer dizer que os jogos não sejam
interessantes, espetaculares e emocionantes. Apenas parecem se distanciar um
pouco daquilo que pregamos cotidianamente a nossos alunos e atletas.
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