Oficialmente,
o marco da criação do basquetebol máster, ou maxibasquetebol, nome sugerido na
Argentina para representar esta categoria em contraste ao minibasquetebol para
crianças, foi a realização de uma partida disputada por ex-jogadores na
Argentina em 1969. Logo após este evento, esta modalidade esporte teve forte
aceitação na Europa e demais países da América, que organizaram vários torneios
e campeonatos internacionais, culminando com o primeiro Campeonato Mundial de
Basquetebol Master, na Argentina em 1991, quando foi finalmente criada a
Federação Internacional de Maxibasquetebol (FIMBA), que conta com cerca de 75
Associações Nacionais filiadas, entre elas a Federação Brasileira de Basquetebol
Máster (FBBM).
Apesar da
Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte (SBME) reconhecer como veterano o
atleta a partir dos 35 anos de idade, a FIMBA demarca as idades de 30 anos para
mulheres e 35 anos para homens como limite inferior para o esporte máster.
Ainda reconhecem a categoria pré-master (a partir de 27 e 30 anos, para
mulheres e homens, respectivamente).
No Brasil, o
basquetebol de veteranos tem ganho adeptos rotineiramente. Seu início data dos
anos 1950 com a criação do Combinado Copacabana do Rio de Janeiro, que tinha
por objetivo estender o convívio social através de encontros semanais onde
pudessem comentar suas jogadas e feitos, partilhando-as com os amigos e
familiares. Desde 1984 é realizado anualmente o Encontro Brasileiro de
Veteranos de Basquetebol, evento itinerante que atualmente conta com 23
delegações de 19 estados e cerca de 1200 atletas com idades entre 35 a 75 anos.
As categorias são divididas em faixas etárias com interstícios de cinco anos
(35 a 39 anos, 40 a 44 anos, e assim sucessivamente), sendo adotadas 10
categorias masculinas e sete femininas. Considerando que com o envelhecimento,
várias funções fisiológicas são comprometidas, como por exemplo, perda de
força, flexibilidade e mesmo potência aeróbica, diferentemente das divisões de
base de qualquer modalidade esportiva, o mais jovem não pode atuar na categoria
mais velha, apenas o contrário é permitido.
A participação
neste tipo de competição deveria atender aos critérios de elegibilidade
determinados pela SBME, mas este fato parece ainda não ser comum entre atletas
e organizadores destas competições. Fisiologia à parte, o Encontro Brasileiro de
Veteranos de Basquetebol traz a reboque uma imensa integração, pois as partidas
normalmente são acompanhadas por uma plateia cheia, composta pelos demais
jogadores que já terminaram seus jogos ou que estão aguardando seu momento de
entrar em quadra, e ainda seus familiares e amigos, que muitas vezes viajam
junto com os grupos.
Além do
calendário de jogos (muitos!!!) realizados ao longo da semana, há também uma
extensa programação cultural (a depender da cidade-sede), com almoços e/ou
jantares festivos e passeios turísticos. Mas, para quem não está diretamente
envolvido com os jogos, o que vale a pena mesmo é a oportunidade de ver em ação
ídolos de outras épocas da modalidade, que ainda sabem o caminho da cesta.
Outra coisa
que chama a atenção é o que em função da condição física menos vigorosa (em
especial entre as categorias mais altas), o jogo fica mais coletivo, com
valorização dos passes ao invés dos intermináveis dribles e isolamentos. Vale a
pena assistir. Isso é história do basquete ao vivo e em cores!
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