quinta-feira, 7 de junho de 2012

E Agora O Que Eu Faço???

Por Luiz Eduardo M Gois Jr

Sabe aquelas situações que você tem várias opções para escolher? Por exemplo, num restaurante olhando o cardápio para escolher o prato. Ou quando você fica olhando o seu guarda-roupa para escolher com que roupa vai para aquela festa. Ou também em épocas de eleições quando você fica naquela dúvida cruel para decidir em quem vai votar. Pois é, essas situações são “problemas” que exigem que você tome uma decisão para resolvê-las. Nessas situações você pode levar, minutos, horas e até mesmo meses para tomar a sua decisão.

No basquete, também existem esses “problemas” para o jogador resolver durante a partida. E não é um problema só, a todo o momento ele se depara com uma situação diferente, que vai exigir dele uma resposta. Esses problemas são gerados justamente pela relação dos vários elementos presentes no esporte, como o tempo, os adversários, os companheiros, etc. “Devo arremessar agora?”; “Infiltro ou passo?”; “Para quem eu passo?”, esses são alguns exemplos de perguntas que ele se faz quando está com a bola e tem que tomar alguma decisão.

Mas você se engana se pensa que numa partida de basquete só os jogadores tem que tomar decisões. Não se esqueça de que os árbitros também tem que decidir se aquele lance foi uma andada, uma falta do atacante ou do defensor, se a bola tava na ascendente, etc. Ou seja, o árbitro também tem que estar preparado para tomar decisões em um curto espaço de tempo. Diferentemente do futebol, o árbitro de basquete trabalha com o apito na boca, pronto para assoprar. Não existe a lei da vantagem no basquete como se aplica no futebol. O número de tomadas de decisão de um árbitro pode ultrapassar as 180 conclusões, quando se consideram as faltas, violações e aqueles lances nos quais o trio de arbitragem entenda que nada deveria ser marcado.

Ah! Não podemos esquecer o técnico, “Devo pedir tempo agora?”; “Aquele jogador está mal, devo substituí-lo?”; “Que tipo de defesa faço agora para neutralizar o ataque adversário?”; “O jogador tem quatro faltas, mas está arrebentando com a partida, deixo ou tiro de quadra?”; pois é, esses são somente alguns exemplos de decisões que devem ser tomadas por ele durante a partida. O treinador é o único que uma decisão tomada antes do início do jogo pode ter influência no decorrer da partida, pois ele tem que decidir qual equipe vai começar jogando.

O grande problema é que os jogadores, os técnicos e os árbitros não tem 10 minutos, 1 hora ou 2 meses para decidir. A decisão tem que ser feita em milésimos de segundo, e o pior ainda tem que decidir certo. Portanto, numa partida de basquete todos envolvidos devem estar preparados para tomar decisões, pois uma decisão errada de qualquer um deles pode ser a diferença entre a vitória e a derrota, a classificação e a desclassificação, o título e o vice. Para isso, não é suficiente que se tenha um bom entendimento do jogo em seus aspectos técnicos, táticos, das regras e a própria condução disciplinar da partida. É preciso que todos os envolvidos tenham boa condição física e que evitem o déficit de sono, fator interveniente da performance cognitiva.

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