O Draft, processo
de seleção de novos atletas para integrar as equipes da NBA, este ano seguiu a
mesma tendência das finais da última temporada, na qual Miami Heat e Oklahoma
City Thuder jogaram sem armador especialista e com pivô limitado a um segundo
plano. Os jogos foram concentrados nos jogadores das posições 2, 3 e 4 em ambas
as equipes. O draft também. Dos 60 jogadores selecionados, apenas 6 (10%) são
armadores, ao passo que 20 jogam como ala/pivô. A tabela abaixo mostra o número
de atletas selecionados por posição em cada rodada e no total.
Posição
|
1ª
Rodada
|
2ª
Rodada
|
Total
(%)
|
Armador
|
5
|
1
|
6 (10)
|
Escolta
|
5
|
7
|
12 (20)
|
Ala
|
5
|
7
|
12 (20)
|
Ala/Pivô
|
8
|
12
|
20 (33)
|
Pivô
|
7
|
3
|
10 (17)
|
Os
comentaristas dos EUA relatavam previamente que havia poucas opções de
armadores entre os inscritos no processo. Mesmo assim, alguns armadores ficaram
de fora das escolhas. Comentei anteriormente que este pode ser um novo tempo,
um novo estilo de formação de equipes em quadra, aumentando o poder ofensivo
por atuar com jogadores que têm postura mais agressiva em relação à cesta, e
aumentando também a mobilidade defensiva (rotações mais eficientes) e a
velocidade nos contrataques. A diferença de estatura entre os pivôs e os alas
de força não é tão grande, mas a agilidade e a velocidade de curta distância
são consideravelmente menores nos pivôs. Isso pode limitar as discrepâncias nas
trocas de marcação (mismatches) e favorecer a defesa.
Outro aspecto
interessante foi a manutenção das portas abertas aos estrangeiros na NBA. Dos
60 selecionados, 12 (20%) são nascidos em outras países, sendo o mais
privilegiado a Turquia, com três atletas. Fora da Europa, apenas um brasileiro,
um nigeriano e um canadense. Em solo americano, as Universidades de Kentucky (6
atletas), Carolina do Norte (4 atletas), Syracuse (3 atletas), Vanderbilt (3
atletas) e Baylor (3 atletas) foram as que mais tiveram ex-alunos draftados
para a NBA.
As
preocupações de cada time na NBA são diferentes e dependem do planejamento de
cada organização. Algumas equipes precisavam se reforçar imediatamente,
enquanto outras já começaram a pensar na futura renovação de seus elencos, para
quando suas estrelas experientes se aposentarem ou atingirem o final do
contrato tornando-se agentes livres. Toda escolha é uma aposta, e só o tempo
dirá se valeu a pena ou não.
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