sexta-feira, 29 de junho de 2012

Uma Breve Análise do Draft 2012


O Draft, processo de seleção de novos atletas para integrar as equipes da NBA, este ano seguiu a mesma tendência das finais da última temporada, na qual Miami Heat e Oklahoma City Thuder jogaram sem armador especialista e com pivô limitado a um segundo plano. Os jogos foram concentrados nos jogadores das posições 2, 3 e 4 em ambas as equipes. O draft também. Dos 60 jogadores selecionados, apenas 6 (10%) são armadores, ao passo que 20 jogam como ala/pivô. A tabela abaixo mostra o número de atletas selecionados por posição em cada rodada e no total.

Posição
1ª Rodada
2ª Rodada
Total (%)
Armador
5
1
6 (10)
Escolta
5
7
12 (20)
Ala
5
7
12 (20)
Ala/Pivô
8
12
20 (33)
Pivô
7
3
10 (17)

Os comentaristas dos EUA relatavam previamente que havia poucas opções de armadores entre os inscritos no processo. Mesmo assim, alguns armadores ficaram de fora das escolhas. Comentei anteriormente que este pode ser um novo tempo, um novo estilo de formação de equipes em quadra, aumentando o poder ofensivo por atuar com jogadores que têm postura mais agressiva em relação à cesta, e aumentando também a mobilidade defensiva (rotações mais eficientes) e a velocidade nos contrataques. A diferença de estatura entre os pivôs e os alas de força não é tão grande, mas a agilidade e a velocidade de curta distância são consideravelmente menores nos pivôs. Isso pode limitar as discrepâncias nas trocas de marcação (mismatches) e favorecer a defesa.

Outro aspecto interessante foi a manutenção das portas abertas aos estrangeiros na NBA. Dos 60 selecionados, 12 (20%) são nascidos em outras países, sendo o mais privilegiado a Turquia, com três atletas. Fora da Europa, apenas um brasileiro, um nigeriano e um canadense. Em solo americano, as Universidades de Kentucky (6 atletas), Carolina do Norte (4 atletas), Syracuse (3 atletas), Vanderbilt (3 atletas) e Baylor (3 atletas) foram as que mais tiveram ex-alunos draftados para a NBA.

As preocupações de cada time na NBA são diferentes e dependem do planejamento de cada organização. Algumas equipes precisavam se reforçar imediatamente, enquanto outras já começaram a pensar na futura renovação de seus elencos, para quando suas estrelas experientes se aposentarem ou atingirem o final do contrato tornando-se agentes livres. Toda escolha é uma aposta, e só o tempo dirá se valeu a pena ou não.

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