O NBB 4 acabou
e agora os clubes começam a se preparar para a próxima temporada. Mais do que
nunca, é preciso ter cuidado. Este é um momento delicado para a continuidade do
sucesso do basquete brasileiro. O caminho do crescimento do esporte no Brasil
passa pelo equilíbrio de forças na competição. Taí algo que deveríamos
efetivamente “copiar” da NBA. Há uma constante preocupação dos administradores
da Liga no tocante à manutenção de certo equilíbrio competitivo entre as
equipes. O sorteio para escolha de novos jogadores (draft) busca viabilizar, ao menos em parte, este nivelamento. Além
disso, existem barreiras financeiras para evitar que superinvestidores montem
times muitos desvios-padrões fora da média do campeonato, o que faria com que o
brilho da competição se perdesse. Vejam o que aconteceu com a fórmula 1 na
época em que não havia dúvida de que a dupla Ferrari e Schummacher ganharia
todas as provas! O público perdeu interesse. Competições precisam de verba para
que aconteçam; patrocinadores precisam ter suas marcas vistas pelo público consumidor;
a mídia precisa dos fatos para divulgar as notícias. No fundo, um campeonato
óbvio não atrai audiência, que afasta os investidores e desaparece dos
noticiários.
Tenho observado
com certo incômodo a movimentação do mercado do basquete brasileiro. Poucos times mantiveram seus elencos da
última temporada. Joinville, Paulistano, Pinheiros e Minas Tênis perderam boa
parte de sua base e ainda não começaram a suprir as lacunas. Araraquara e
Limeira estão se licenciando por falta de verba. Vila Velha e Liga Sorocabana
também passam por dificuldades financeiras para montar seus times. Tijuca dispensou
todo o elenco para recomeçar do zero. Franca mudou não só os jogadores, mas
também seu status, passando a ser um time mais jovem (bem diferente da última
temporada) e sob comando de um treinador acostumado a lidar com grupos desta
característica. Brasília, Bauru, São José e Uberlândia seguraram seus
principais jogadores e começam com um grupo forte. Os estreantes Palmeiras e
Mogi também mantiveram a base e estão ainda em fase incipiente de contratações
de reforços. Ainda há a possibilidade de Fortaleza e Assis aparecerem entre os
participantes, mas ainda sem informações sólidas sobre seus elencos. O clube
que mais investiu até o momento foi o Flamengo, que renovou de forma expressiva
seu elenco. É incontestável que a ausência do time carioca nas finais do NBB
nos últimos dois anos fez pressão para que reforços de peso fossem agregados ao
grupo.
E é aí que vem
minha preocupação. Pelas negociações anunciadas até a data de hoje, ao que
parece, aquele equilíbrio de forças tão comum nos jogos de 2011/2012 vai dar
lugar a um campeonato de muitos times, mas poucos competidores. A Liga Nacional
de Basquete precisa se proteger para manter o NBB imprevisível. Se certame
tiver campeão certo antes mesmo dos times entrarem em quadra, será bem mais
difícil ver os ginásios cheios como vimos este ano. Algo para se debater, com
calma...
Mto lamentável o fim de Limeira.
ResponderExcluirOlá Rick! Obrigado por sua visita aqui no É Cesta!
ExcluirConcordamos com você, foi lamentável o anúncio da retirada do time de Limeira da próxima temporada do NBB. Por outro lado, creio que eles voltarão para o NBB6 mais fortalecidos! Vamos aguardar!
Abraço e Boas Cestas!
Limeira nao vai sair.
ExcluirA equipe confirmou a presenca no nbb5...ja renovou com Ramon, diego, alemao, mateus dalla...contratou Guilherme e leando do Minas, e Fernando mineiro do tijuca
Abracos